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Respeito à diversidade e a vulneráveis pode se tornar princípio da educação

O projeto de lei propõe inclusão de diversidade cultural e identitária na educação nacional

18/09/2024 10h27 Atualizada há 3 semanas
Por: Redação Fonte: Agência Senado
Autora do projeto, Mara preside a Comissão Mista Permanente sobre Migrações Internacionais e Refugiados (CMMIR) - Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Autora do projeto, Mara preside a Comissão Mista Permanente sobre Migrações Internacionais e Refugiados (CMMIR) - Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

A inclusão e o respeito à diversidade ganham novo destaque no Senado com a apresentação do projeto de autoria da senadora Mara Gabrilli (PSD-SP). A proposta ( PL 3.289/2024 ) modifica um artigo da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a LDB ( Lei 9.394, de 1996 ) para incluir, entre os princípios orientadores da educação nacional, o respeito à diversidade humana, linguística, cultural e identitária de imigrantes, refugiados e indígenas.

A alteração legislativa amplia o alcance atual da LDB, que já prevê o respeito às especificidades de surdos, surdocegos e pessoas com deficiência auditiva, mas que ainda não aborda de forma explícita as necessidades e os direitos de outros grupos vulneráveis. Mara argumenta que essa inclusão é fundamental para assegurar que essas pessoas, muitas vezes marcadas por experiências de perseguição, violência e exclusão, encontrem no sistema educacional um ambiente acolhedor e oportunidades para reconstruir suas vidas.

A senadora destaca que o Brasil, conhecido por sua diversidade cultural, linguística e étnica, tem registrado um aumento no número de imigrantes e refugiados buscando se estabelecer no país. Esses novos residentes enfrentam desafios para se integrar à sociedade, especialmente no sistema educacional, que frequentemente não está preparado para lidar com a diversidade que eles trazem.

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A proposta também reforça a importância de fortalecer o respeito às culturas e línguas indígenas no contexto educacional, conforme garantido pela Constituição Federal e pela LDB. Citando o antropólogo Darcy Ribeiro, a senadora enfatiza que "a educação indígena deve ser respeitada como parte da riqueza cultural do Brasil e preservada em sua singularidade".

Em uma audiência pública realizada em agosto na Comissão Mista Permanente sobre Migrações Internacionais e Refugiados (CMMIR), coordenada por Mara, a senadora observou que ficou clara a necessidade de políticas públicas que assegurem a inclusão e a permanência de crianças e jovens imigrantes e refugiados nas escolas públicas brasileiras. A audiência contou com a presença de representantes do Ministério dos Direitos Humanos e de organizações da sociedade civil, que apoiaram a necessidade de uma ação legislativa para enfrentar esses desafios.

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