A madrugada deste domingo (6) foi marcada por dois casos distintos, porém semelhantes, de abandono de incapaz em Santa Rita do Pardo, interior de Mato Grosso do Sul. Ao todo, sete crianças e adolescentes foram encontrados sozinhos em residências trancadas, sem a presença de responsáveis. As ocorrências foram atendidas pela Polícia Militar e pelo Conselho Tutelar e encaminhadas à Delegacia de Polícia Civil local. As informações são do site Cenário MS.
O primeiro flagrante foi registrado por volta da 00h15, quando cinco crianças foram encontradas em uma casa trancada. Segundo relato dos agentes, as idades das vítimas eram de 12, 10, duas gêmeas de 6 anos e um bebê de 1 ano e 3 meses. O filho mais velho informou que a mãe, identificada como Cássia, estaria em uma festa no chamado "bar do Lemes".
A mulher foi localizada após diligências e alegou ter saído por cerca de uma hora. No entanto, diante da constatação do crime, ela foi conduzida ao hospital para exame de corpo de delito e, em seguida, autuada em flagrante por abandono de incapaz na Delegacia de Polícia Civil.
Poucas horas depois, por volta das 2h40, uma nova ocorrência foi registrada na Rua Orlando de Castro. Duas crianças, de 12 e 3 anos, foram encontradas trancadas em casa, novamente sem a presença de um adulto responsável. O menino mais velho não soube informar o paradeiro da mãe. Uma tia foi chamada e ficou responsável pelas crianças.
A mãe, identificada como Mônica, não foi localizada pelas equipes da Polícia Militar, que realizaram buscas na região. O caso também foi registrado na delegacia e segue sob investigação para apurar as circunstâncias e localizar a responsável legal.
Em ambos os casos, os registros foram formalizados como abandono de incapaz, conforme previsto no Código Penal Brasileiro. A Polícia Civil de Santa Rita do Pardo conduz as investigações, com apoio do Conselho Tutelar, que acompanha a situação das crianças.
A pena para abandono de incapaz pode variar de seis meses a três anos de detenção, podendo ser aumentada caso o abandono ocorra em lugar ermo ou resulte em risco à integridade física ou psicológica da criança.
